domingo, 2 de dezembro de 2012

SERRA DA ESTRELA
Cântico da Harmonia da Terra
( 2ª Parte )


- Oh! Se a Serra da Estrela fosse supervisionada por gentes vindas dos Pirinéus e dos Alpes - comentam visitantes de subtil visão - a paisagem estaria ainda mais humanizada.
Onde predominam matagais e cabeços de nula visibilidade, certamente emergiriam miradouros de pausas de deleite, com vistas dirigidas para o adivinhado Oceano de ondas salgadas.
- E teríamos teleféricos, cafés com esplanadas, restaurantes não forçosamente poluidores, terreiros de convívio com a Natureza e entre os visitantes - opinam outros. - Pela noite adentro, que os lobos já foram escorraçados e os homens persistem numa alergia à convivialidade ao ar livre, nos recintos onde o carro não pode fazer de figurão central e o alcatrão das rotundas se mostra indigesto.
Uma saltada à Serra da Estrela com incursões nas suas abas, é também redescobrir os tesouros que escondem as aldeias de montanha, vilas e urbes, com castelos e preciosidades quase indescritíveis, em cuja lista podemos misturar o Sabugueiro, S. Romão, Oliveira do Hospital, Guarda, Sabugal, Pampilhosa da Serra, Viseu e... mesmo Aveiro, Coimbra e Figueira da Foz, quando a mirada serrana imbica para o litoral. Uma vez que, isto dos cumes rochosos e das partículas mirabolantes dos areais acariciados pelas marés, alertam a nossa consciência para o facto de o Universo não dispor de fronteiras mesquinhas para os Homens de Paz, esforçados na reconstrução do Mundo da nossa Harmonia.

Gabriel Raimundo


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